O tempo na fortaleza parecia ter se dobrado.
Meses haviam se passado desde o casamento de Aurora e Darius, desde que a união das matilhas trouxe paz ao território. Mas aquela paz era apenas a superfície. Por baixo, algo novo germinava. E não era só a tensão crescente com os sinais da bruxa viva… Era Caelum.
Aurora andava diferente. Seus olhos estavam mais profundos, os sentidos mais aguçados, os poderes à flor da pele — mas o que poucos sabiam é que dentro dela crescia uma vida marcada pela profecia antiga.
Na noite do eclipse, quando a lua se pintou de vermelho e os lobos uivaram como se sentissem algo no ar, Aurora caiu de joelhos no centro do salão, com as mãos pressionando a barriga.
Darius correu, os olhos arregalados, o lobo dele quase tomando o controle.
— Está na hora — ela sussurrou, o suor escorrendo pela testa. — Ele… ele quer nascer agora.
E ele não queria esperar.
As anciãs das duas matilhas cercaram a alfa, preparando a câmara sagrada no coração da fortaleza. Era o antig