Talvez fosse porque havia reprimido seus sentimentos por tempo demais. Mesmo com o pequeno ao seu lado — e sabendo que não deveria agir daquela forma, pois poderia assustá-lo — Amara simplesmente não conseguiu se conter.Deitou-se sobre o travesseiro e deixou que as lágrimas, há muito presas, finalmente encontrassem o caminho.O pequeno Théo, seu tesouro mais precioso, sentou-se na cabeceira da cama, observando em silêncio. Os olhos dele, grandes e confusos, acompanhavam cada soluço.Por alguns segundos, ele ficou imóvel, sem saber o que fazer. Depois, num gesto tímido e cheio de coragem, estendeu a pequena mão e tocou o ombro da tia, como ela costumava fazer com ele quando queria confortá-lo.Mas, ao sentir aquele toque, Amara chorou ainda mais. O som abafado dos soluços encheu o quarto.Assustado, Théo recuou. Encolheu os ombros e permaneceu quieto, tentando não piorar a situação. Seus olhinhos marejaram, o nó na garganta apertou, e uma vontade imensa de chorar o invadiu. Mas ele
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