Desde que Théo ouviu, por acaso, o que Pietro disse, a casa dos Riddel nunca mais teve o mesmo sossego.Os pais de Pitter estavam inquietos, andando de um lado para o outro, tentando disfarçar a preocupação. No entanto, na hora do almoço, algo os fez respirar mais aliviados.Théo saiu do quarto sozinho, sentou-se à mesa e comeu em silêncio. Terminou o arroz, bebeu a sopa e até aceitou algumas frutas. Tudo parecia normal — mas era apenas aparência.Antes, cada gesto do menino era cheio de vida, sempre risonho, sempre curioso. Agora, movia-se como um pequeno robô obedecendo comandos, sem brilho nos olhos nem emoção no rosto.Depois da refeição, Théo pegou seu livro de desenhos e foi até o jardim. Sentou-se sob a sombra de uma árvore, mas não desenhou. Apenas ficou ali, olhando o horizonte, quieto demais para uma criança.De longe, Madalena observava. O coração apertado.— Eu soube no instante em que o vi — murmurou, com a voz embargada. — Nosso Théo está infeliz...O velho patriarca cami
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