Caíque apagou o cigarro com um gesto lento, o olhar fixo na motocicleta que Amara estacionava, e ao fundo uma estrada empoeirada. A luz dos faróis de motocicletas chegando dançava entre as sombras quando Amara surgiu, tranquila, desfilando seus passos com elegância quase provocante.
Ele arqueou as sobrancelhas, incrédulo.
— Não pode ser! — exclamou, empurrando as mangas para cima. — Você tá de brincadeira. Que velocidade foi aquela? Andando no meu veículo como se fosse um carro velho? Tá me subestimando, é isso?
Era a primeira vez que Caíque a vencia numa corrida, mas o sabor da vitória vinha misturado à frustração. Amara nem parecia se importar.
Chauanne cruzou os braços, impaciente.
— Exatamente! Isso foi crueldade pura! Estamos te esperando aqui há mais de meia hora!
Outro rapaz completou, rindo:
— Você é insuportável, Senhor Estranho! Me fez perder uma aposta! O Caíque nem ganhou direito. Vai ter revanche!
Caíque sorriu, fingindo confiança.
— É isso aí! Quero te vencer de forma