5. TARSO
Após ser preso, tive direito a, ao menos, um telefonema, até porque, no passado, fui um visitante assíduo dessa delegacia, e agora voltei. Liguei imediatamente para Yan, em plena madrugada. Quero ver se ele é meu amigo agora. O telefone chama, chama, e, enfim, Yan atendeu. — Tarso, alô? — Yan fala do outro lado da linha. — Estou preso, Yan. Quero você aqui e agora. Ouvi só a sua respiração do outro lado da linha, e ele desligou o telefone. Sem muita conversa, alguns minutos foram necessários, e ele finalmente chegou, se identificando. Ao me ver, ele põe a mão na cintura. — Você está aqui de propósito, não é? — Yan pergunta. — Lógico que não, Yan. Aquela turma toda é para você defender. Pode pagar a fiança de todos. — Tarso, você é o homem mais louco que conheci na vida e, o pior, sem limites, sem rédeas. Sorrio, debochando dele, e Yan, em plena madrugada, começa soltando a turma, menos Kell, porque a Ferrari é minha. Na cela de frente para a dele, Kell e eu discutimos devido à a
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