Ao sair do hospital, eu não andava, flutuava, porque eu não me sentia bem. No estacionamento, Allan e Esaú, os dois, ao me verem, vêm na minha direção.
— Emília! — grita Allan.
Olho para trás, em silêncio, e os espero. Pelo semblante deles, já sei que devem estar sabendo o que está acontecendo, e eles me cercam.
— Algum problema que eu posso ajudar? — pergunto, disfarçando um pouco a minha tristeza.
— É você que irá casar com Tarso? — Esaú pergunta.
— Sim — respondo, baixando a cabeça.
— O que está acontecendo? Mamãe foi capaz de propor uma loucura dessa? — Allan pergunta.
— Meninos, sei que vocês estão sem entender nada. A única coisa que peço é que me entendam. No momento certo, vocês irão saber por que estou fazendo tudo isso, e só assim poderão me julgar — falo, totalmente perdida.
— Mas, Emília…
Entrei no meu carro, deixando-os ali, e dirijo, completamente perdida. Jamais seria capaz de pôr os filhos da senhora Elis contra ela. Sei que, se eles descobrirem, um dia, a verd