[O escudeiro conversa com o cavaleiro]:

ESCUDEIRO: Bem, nestas alturas a nobreza de um cavaleiro deveria ser a de salvar donzelas em perigo, proteger o reino dos inimigos e guerrear em conflitos armados, caso fosse necessário...

Um cavaleiro faz o juramento e honra sua palavra,

Mas há cavaleiros maus que não cumprem suas promessas.

Estes não guardam suas virtudes e depois são punidos,

Mas há aqueles que nada temem e servem de exemplo nas mais árduas batalhas.

E não digo somente em batalhas sangrentas, mas naquelas que celebram a vida em toda a circunstância.

Há aqueles que buscam paz na tão sonhada Terra Santa,

Suas jornadas são longas, como viagens feitas até do outro lado das montanhas...

Eles não são como os deuses, mas neles encontramos inspiração...

Cavaleiros estes estão consumados pela eterna busca por um milagre!

CAVALEIRO: Que honra a minha!

ESCUDEIRO: Mas estou estranhando muito esta conversa sobre enfrentar o dragão. A rainha quer ouro! Mas e as nossas vidas? Ela quer que nós as arrisquemos!

A rainha, tão ambiciosa

Em seus aposentos de luxo nos mostra a tentação para a morte!

Como deve ser nobre o poder de Vossa Majestade!

Deve ser tão grandioso como o voo dos pássaros em busca das estrelas perdidas nos céus!

CAVALEIRO: Certamente! O rei disse que, ao enfrentarmos o dragão, receberemos o tesouro, porque a besta é temida pelo reino! Pense bem, ela sucumbirá diante de nossas espadas. Não temos muito que temer se a combateremos em grupo!

ESCUDEIRO: Mas ela não solta fogo pelas ventas?

CAVALEIRO: Acho que sim!

ESCUDEIRO: E ela não está faminta?

CAVALEIRO: Acho que sim!

ESCUDEIRO: E se invadirmos o espaço dela, será que ela não vai nos devorar?

CAVALEIRO: Pode ser que sim!

ESCUDEIRO: Então eu é que vou fugir!

CAVALEIRO: Ora, escudeiro, que medo é esse? Veja bem, seremos recompensados depois com o ouro encontrado. Tome mais coragem! Pense na glória, na fama, na riqueza, no ouro, nas festas e em tudo que teremos direito...