Apaixonada pelo pai da minha melhor amiga
— Pai... por acaso... Você é gay? — perguntou minha filha com curiosidade genuína enquanto saíamos do aeroporto.
— O quê? Por que acha isso, minha filha?
— É que você é um homem jovem, bonito, rico... deveria estar pelo menos com uma namorada.
Aos 37 anos, havia construído minha vida em torno de duas coisas: a empresa que comandava com mão de ferro e a filha que, após anos morando com a mãe na Europa, finalmente voltava para mim. Desde o divórcio conturbado, havia me tornado um homem metódico, controlado, avesso a riscos emocionais.
Nunca imaginei que a chegada de Olivia mudaria tanto. Reformei a mansão, preparei cada detalhe para que ela se sentisse em casa, e agora ela me confrontava com perguntas sobre minha vida amorosa inexistente. Como explicar que depois da dor do fracasso conjugal, relacionamentos se tornaram apenas breves capítulos em minha vida?
— Olivia, o pai tem seus encontros, mas você me conhece, sabe que gosto de manter minha vida pessoal discreta.
O que ela não sabia era que minha rotina perfeitamente alinhada estava prestes a ser abalada. Primeiro foi o esbarrão com uma jovem de cabelos loiros no campus da universidade, depois a notícia que Olívia havia feito uma amiga, uma tal de Kira, e agora planejavam juntas uma festa em nossa casa.
— Vamos fazer tudo direitinho.
Quanto à agarração... bem, isso é inevitável. É o que os jovens mais fazem hoje em dia. É normal, pai!
Fechei os olhos e pressionei o osso do nariz com os dedos, tentando digerir aquelas palavras.
O que nenhum de nós poderia prever é que essa festa, essa amizade entre Olivia e Kira, mudaria tudo. Como poderia imaginar que uma jovem de 21 anos, espirituosa, de visão de mundo oposta à minha, mexeria comigo de maneira tão avassaladora.