O Último Presente
Fui infectada pela toxina crônica da erva-lua prateada. Uma sentença de morte. A única poção vermelha capaz de me curar foi comprada... Pelo meu companheiro, Leo.
Mas ele não a comprou para mim. Deu-a de presente para minha meia-irmã, Jane. Porque achava que eu estava fingindo.
Abandonei o tratamento conservador. Engoli um analgésico potente.
O preço? Meus órgãos começariam a falhar em três dias.
E, nesses três dias, abri mão de tudo.
Dei a fábrica de peles que construí com as próprias mãos para Jane.
Meus pais elogiaram:
— Viya finalmente aprendeu a amar a irmã.
Quando sugeri romper o laço de companheiros, Leo sorriu e disse:
— Até que enfim você amadureceu.
Ensinei minha filha a chamar Jane de “mamãe”.
E ela, radiante, respondeu:
— Mamãe Jane é a melhor!
Transferi todas as minhas economias para Jane.
Ninguém percebeu nada de errado.
Todos estavam satisfeitos com meu comportamento.
— Viya finalmente deixou de ser ruim.
"Será que, quando eu morrer, eles vão se arrepender?"