Me espreguiço, ouvindo o estelo dos ossos enquanto o cheiro de cereja da Louise ainda paira no ar.
Procuro pelo calor do seu corpo entre os lençóis, mas percebo que ela não está ao meu lado.
— Luísa? — chamo, sem obter resposta.
Levanto-me, usa rapidamente as roupas espalhadas pelo chão. Pego o celular para ligar para ela, mas, ao começar a descartar, percebo que nem sequer tenho seu número. Não era isso a primeira coisa que faz quando se sai com alguém?
Olho em volta. A mala de Louise não está em lugar nenhum. Começo a ligar os pontos e confirmar minhas suspeitas quando encontro uma bandeja de café da manhã na sala, acompanhada de um bilhete que chega a ser bizarro depois da noite anterior:
"Eu me diverti muito nesses últimos dias. Espero que possamos nos encontrar novamente futuramente, sem todo esse drama.
Com carinho, Lou."
— Isso foi pior do que levar um chute nos testículos — murmuro para mim mesmo.
Nos últimos dias, penso nela quase vinte e quatro horas por dia. É como se ela t