Dois anos depois
Às vezes, queremos brigar com o destino, exigir que ele mude conforme nossa vontade, mas quem disse que temos controle de alguma coisa? A vida tem uma maneira peculiar de nos surpreender, de nos levar por caminhos que nunca imaginamos. E por mais que resistimos, por mais que lutemos contra a corrente, há algo profundamente libertador em se entregar — não como quem desiste, mas como quem finalmente entende.
Dois anos atrás, eu era um homem em conflito com a ideia de casamento. Uma simples palavra me dava arrepios. Não porque eu desacreditasse no amor, mas porque temia o que viria com ele: a rotina, a perda da identidade, as expectativas que às vezes esmagam em vez de sustentar. Cresci vendo casamentos desmoronarem apenas por palavras.
Mas a vida, como eu disse, tem planos que não pedem permissão. E quando conheci Louise, tudo mudou. Ela não me tentou convencer de nada. Não quis me transformar em algo que eu não era. Apenas esteve ali, com seus olhos atentos, suas mãos