Capítulo 41 – Provas de Amor
O dia seguinte nasceu tranquilo, com um céu azul que parecia zombar da tempestade dentro de Helena. Ela acordou cedo, mas ficou deitada, olhando para o teto, tentando entender o que sentia. A lembrança do beijo da noite anterior queimava em sua mente. O gosto de Miguel ainda estava presente, como uma sombra que não queria se dissipar.
“Você não pode se deixar levar de novo”, repetia para si mesma. Mas a cada vez que fechava os olhos, o rosto dele surgia, sorridente, arrependido, vulnerável.
Depois de muito insistir com o próprio coração, levantou-se e foi até a cozinha preparar café. Quando abriu a porta, encontrou um envelope no chão, provavelmente passado por baixo durante a madrugada.
Curiosa, pegou-o e viu seu nome escrito à mão. O reconhecimento da caligrafia a fez suspirar: Miguel.
Com cuidado, abriu o envelope e encontrou uma carta.
"Helena,
Eu sei que palavras sozinhas não vão apagar minhas mentiras. Sei que cada vez que olho nos seus olhos, você p