Capítulo 27 – Justiça em Silêncio
O quarto de hospital estava mergulhado em silêncio, interrompido apenas pelo som constante do monitor cardíaco. Helena permanecia deitada, ainda marcada pelo ataque brutal do assassino enviado por Fernando. Seu corpo doía, mas sua mente não tinha repouso. Cada detalhe do plano, cada arquivo enviado, cada prova compartilhada eram parte de uma estratégia que finalmente começava a dar resultados.
Ao lado dela, sentado em uma cadeira rígida, estava o detetive Miguel Andrade. Alto, de olhar atento e postura firme, ele não era apenas o homem que a salvara; era alguém que carregava décadas de experiência enfrentando criminosos perigosos. Miguel tinha passado anos infiltrado em redes de crime organizado, acompanhando desde pequenos contraventores até políticos corruptos que pareciam intocáveis. Cada cicatriz em seu corpo e cada linha no rosto contava histórias de casos que haviam quase custado sua vida.
— Você está bem, Helena? — perguntou Miguel, com a voz f