Lívia
Subo em Antero com a calma de quem sabe exatamente o que quer.
Minha boca percorre sua mandíbula firme, provocando com beijos úmidos e lentos. Sinto os músculos dele enrijecerem sob meu toque. Quando chego ao pescoço, mordo devagar o lábio inferior dele, puxando com os dentes enquanto o encaro. Ele fecha os olhos por um instante, respirando fundo, se contendo.
Continuo minha descida com pequenas mordidas ao longo do peitoral, desenhando um caminho preguiçoso até a linha da barriga. O cheiro dele me inebria. Feroz, puro… só dele.
Amiel se mexe do outro lado da cama, inquieto. Sinto os olhos dele queimando minha pele, desejando ser tocado da mesma forma.
Levanto o corpo devagar, como uma dança, e olho por cima do ombro. Encaro Amiel com um sorriso malicioso.
— Está impaciente, lobo?
Ele rosnou baixo, um som abafado e gutural que vibrou no ar entre nós.
O olhar dourado dele brilha com intensidade. Selvagem.
Ele lambe os lábios e se apoia sobre um cotovelo.
— Vo