Me tranquei no meu quarto, e fiquei deitada em posição fetal na cama. Não queria sair, não queria me mover. Apenas ficar ali sozinha, e repensar se o que eu estava fazendo era mesmo uma boa decisão. Ouvi batidas na porta.
- VAI EMBORA! - afundei a cabeça no travesseiro, quando então ouvi a maçaneta se mexendo e quando me dei conta, ele estava entrando no quarto. Eu engoli em seco sobressaltada.
- o que pensa que está fazendo?
- esse ainda é o meu quarto.
- eu quero ficar sozinha.
- sinto muito, mas não posso fazer isso. - disse já tirando sua camiseta, eu engoli em seco.
- você não sabe ficar vestido seu boçal? - ele sorriu cheio de malícia.
- te deixa nervosa?
- me deixe enjoada.
- não é o que parece. - eu dei de ombros.
- saia daqui!
- esse é o nosso quarto, caso tenha esquecido... Você é minha fêmea. - meu corpo idiota de lupino estremeceu, desviei o olhar.
Ele ficou parado me encarando por alguns instantes.
- você passou o dia nesse maldito quarto, e não comeu nada.