Marco desceu os últimos degraus e encontrou toda a família reunida ao pé da escada.
Rubens estava pálido. Verônica, rígida como uma estátua. Margaret observava com uma expectativa quase voraz, pronta para saborear qualquer escândalo que pudesse usar depois.
Mas nada veio.
Marco passou por eles com a expressão controlada, mas os olhos frios, calculando cada palavra.
— Não toque nela. Disse a Rubens, o dedo em riste, autoridade indiscutível. — Nós vamos nos casar em quinze dias. Vou marcar a data e preparar tudo pessoalmente.
Sem dar chance a qualquer resposta, virou as costas e saiu.
Verônica soltou o ar que segurava. Rubens engoliu seco. Margaret piscou, frustrada, nada acontecera como esperavam, e isso os deixava inquietos.
Dante, na casa nova, não conseguia se concentrar.
A casa era silenciosa, grande e vazia demais, faltava algo...ou alguém.
Ele respirou fundo e forçou sua mente de volta aos documentos espalhados na mesa.
Planilhas, extratos, relatórios, uma trilha de erros e roubo