Conforme o carro avançava pela estrada, Dante percebeu Angeline inquieta. Ela mudava o peso do corpo, ajeitava o cinto, mexia nos dedos, como se algo dentro dela estivesse começando a apertar.
Ele lançou um olhar de soslaio.
— O que há? Perguntou, sem alterar o tom, mas atento.
Angeline demorou um segundo para responder. Olhou para a janela, onde as paisagens passavam rápido demais, quase borradas, como se o mundo inteiro estivesse indo para um lugar ao qual ela não queria voltar.
— Estamos indo a Verona? A voz saiu baixa, hesitante.
— Sim. Por quê?
— Por nada… Respondeu rápido demais, quase engolindo as palavras.
Dante franziu o cenho. Esperava que ela dissesse que não queria voltar, mas ela não disse. Voltou os olhos para a estrada, o maxilar travado, como se estivesse tentando conter algo dentro de si.
Quando chegaram a Verona, Dante olhou para ela.
— Onde quer que eu a deixe?
Angeline abriu a boca, mas hesitou.
— Agnes… Não. Pensando bem… me deixe perto da minha casa.
Ela sabia qu