Enquanto a atendente empacotava as compras de Angeline, algo chamou sua atenção na ala masculina.
Os olhos dela pousaram sobre uma camisa, da mesma cor e tecido do vestido que Dante havia escolhido.
Aproximou-se, atraída.
Diante do manequim, teve um vislumbre involuntário dele: Dante, de smoking preto, com aquela camisa sob o paletó.
Por um instante, ergueu as mãos, abrindo os braços como se tocasse o peito dele.
Não sabia o tamanho exato, mas lembrava-se com precisão da firmeza de seu corpo, das vezes em que o toque fora inevitável.
As mãos dela se moveram sozinhas, ajustando o ar como se pudessem senti-lo ali, medi-lo.
— A senhorita quer ver os tamanhos? Perguntou a atendente, sorrindo, trazendo-a de volta ao presente.
Angeline piscou, ligeiramente corada.
— Vou levar esta. Respondeu, recuperando o fôlego. — Servirá com certeza.
Quando saiu da loja, as sacolas balançando em suas mãos, viu Dante atravessando a rua.
Ele a notou imediatamente, quando se aproximou pegou as sacola