Júlia mal conseguia manter os olhos abertos quando finalmente chegou ao prédio onde morava. O dia fora exaustivo - o trabalho foi intenso, seguido por uma noite longa na faculdade. Seus músculos doíam e os pensamentos embaralhados se arrastavam junto com seus passos pelo corredor silencioso do prédio. O relógio marcava uma hora avançada da madrugada, e tudo o que ela desejava era uma cama e silêncio.
Subiu as escadas com lentidão, cada degrau mais pesado que o anterior, como se o cansaço tivesse se acumulado em seus ombros. Quando chegou à porta do apartamento, soltou um suspiro longo, aliviado. Revirou a bolsa com mãos trêmulas até encontrar o molho de chaves. Com um movimento cansado, destrancou a porta e empurrou-a para dentro.
Ao acender as luzes da sala, parou abruptamente. O coração quase saiu pela boca. Seus olhos se arregalaram em puro choque ao encontrar, sentado casualmente no sofá, Adam. Ele estava lá, tranquilo, como se fosse o dono do lugar.
Júlia congelou. Como ele tinha