Alice despertou com a luz suave da manhã invadindo o quarto, os primeiros raios de sol filtrando-se pelas frestas das cortinas e desenhando sombras delicadas sobre os lençóis ainda amassados da grande cama de casal. Seu corpo ainda carregava o calor da noite anterior, e seu coração, acelerado, pulsava com as lembranças vivas da magia que compartilhara com Giovanni. Por um breve instante, o mundo parecia em paz.
Espreguiçou-se lentamente, os músculos relaxados, os cabelos desgrenhados espalhados sobre os ombros. Os raios dourados acariciavam seu rosto como se o dia lhe oferecesse um recomeço. Mas, ao estender a mão para o lado da cama onde ele deveria estar, foi como levar um golpe. O espaço estava vazio. Frio. Silencioso.
O choque a atingiu com força. O coração de Alice disparou e, num impulso, ela se sentou na cama, o lençol escorregando por sua pele ainda sensível. Chamou por Giovanni, a voz trêmula cortando o silêncio denso do quarto. Nada respondeu. Apenas o eco da sua ansiedade.