Seus lábios encontraram os meus em um ataque, possessivo e meio agressivo, como era seu jeito. Aquele beijo não era um beijo; era uma invasão, uma tomada de posse. Ele me sugava, me devorava com a força bruta de um predador faminto. Uma parte de mim, a parte que ainda lutava pela minha dignidade, a parte que gritava por socorro, empurrava seu peito, tentando, inutilmente, resistir àquela força avassaladora. Mas outra parte, uma parte obscura, perturbada, regozijava-se com o contato de sua pele, com o cheiro forte e viril que invadia minhas narinas, um cheiro que, paradoxalmente, me causava uma estranha sensação de segurança, de pertencimento, por mais distorcido que fosse.
Ele arrancou a camisa com um gesto brusco, o tecido caindo ao chão como uma bandeira em rendição. O jeans foi desabotoado e aberto com a mesma impaciência, revelando seu corpo musculoso e imponente. Nesse momento, a realidade da situação me atingiu com toda a sua força brutal. Eu tentei me afastar, me mover,