As horas se arrastavam, um tormento físico e mental. De joelhos, sentia meu corpo enrijecer, a dor nos joelhos e nas costas se tornando insuportável. O frio penetrava até os ossos, mas eu permaneci imóvel, presa naquele quarto, sob o peso do seu olhar invasivo. Ele se levantou, foi até o freezer, pegou uma garrafa de uísque, serviu uma dose generosa e bebeu. Saiu, deixando-me sozinha naquela tortura silenciosa. Mesmo com ele ausente, a minha posição não mudou. Era como se meu corpo estivesse paralisado, refém de uma força invisível.
Quando ele voltou, horas depois, eu choramingava baixinho, a dor me consumindo. Ele me ignorou, indo ao banheiro. Retornou alguns minutos depois e, com uma frieza que me gelou, disse:
__"Muito bem, Sofia, você passou no teste."
__"Teste?", perguntei, confusa e atordoada.
__"Sim. Queria ver se estava disposta a me obedecer. Essa era a iniciação."
Um suspiro escapou dos meus lábios, carregado de derrota e fúria.
__"Me humilhar é um teste?", questi