A tensão em casa era palpável, um peso sufocante que me prendia à cadeira, me impedindo de respirar. Tiffany e Derrick me evitavam com uma maestria fria e calculada, seus olhares desviando dos meus como se eu fosse uma doença contagiosa. Fingi indiferença, mas a máscara de frieza rachava a cada instante, revelando a ferida aberta que sangrava em meu peito . O almoço foi uma refeição solitária, o silêncio da sala de jantar mais ensurdecedor do que qualquer grito. O prato de comida, frio e sem graça, espelhava a minha própria alma.
Depois, sair com Demarco. Tínhamos assuntos a resolver, negócios sujos que precisavam ser tratados.
__“Você e seus irmãos fizeram as pazes?”, Demarco perguntou, quebrando o silêncio do carro.
__“Não. Eles estão me ignorando, e eu não me importo”, respondi, mas a mentira tinha gosto amargo na boca. A verdade era que me importava, sim. Me importava muito.
Chegamos ao depósito, o ar pesado com o cheiro de poeira e drogas. A inspeção foi rápida, eficiente.