O garçom nos levou até uma mesa no canto mais reservado do restaurante. Tudo ali era aconchegante, elegante sem exagero, e a meia-luz deixava o ambiente com cheiro de segredo.
Salvatore puxou minha cadeira, me olhou como se eu fosse o centro do universo, e depois sentou à minha frente. O silêncio entre a gente não era desconfortável — era íntimo, cheio de significados. Ele pegou minha mão por cima da mesa e começou a brincar com meus dedos.
— Eu tava nervoso — ele confessou, com um sorriso torto. — Queria que fosse perfeito.
— Tá sendo. E nem começou direito — respondi, devolvendo o sorriso.
A comida chegou devagar, em etapas pensadas. Um vinho leve, prato bonito, mas confesso que nem prestei muita atenção em nada disso. O que me alimentava era o jeito que ele me olhava. O calor que vinha do toque dele, o peso da presença, o cuidado.
— Eu tô me apaixonando por você todos os dias, Giulia — ele disse de repente, com aquela voz baixa que só usava quando queria que eu sentisse tudo com ma