O sol da manhã já iluminava o quarto quando Clara acordou ao lado de Vinícius. A noite anterior ainda pairava em sua mente — o envolvimento físico, os sentimentos confusos e o peso das mentiras. Vinícius ainda dormia, e Clara se levantou silenciosamente, indo até a cozinha preparar o café da manhã.
O aroma do café fresco começou a se espalhar pela casa, mas Clara não conseguia se concentrar. O pensamento de Vinícius e Júlia a atormentava, criando um nó em seu estômago.
Pouco tempo depois, Vinícius apareceu, com os cabelos desarrumados, e sentou-se à mesa enquanto Clara servia o café.
— Dormiu bem? — perguntou ele, com a voz ainda rouca de sono.
— Sim, e você? — respondeu Clara, sentando-se à sua frente.
— Também. A noite foi... boa — disse Vinícius, com um sorriso leve que trouxe um misto de conforto e desconforto a Clara.
O silêncio entre eles foi preenchido pelo som das xícaras. Clara, sem conseguir mais evitar a questão que a consumia, fez uma pergunta, tentando manter o