Vinícius deu um passo à frente, estendendo a mão para Clara.
— Vamos dar uma volta? — sugeriu ele, num tom suave.
Clara hesitou por um segundo, mas logo aceitou. Segurou a mão dele, e juntos saíram para caminhar pelo jardim da pousada.
O silêncio entre eles era confortável. A brisa da noite soprava suavemente, e Clara sentia um breve alívio do peso que a acompanhava nos últimos dias.
— Eu sempre gostei de lugares assim — disse Vinícius, quebrando o silêncio. — A tranquilidade me faz esquecer... por um momento.
— Esquecer o quê? — Clara perguntou, sem pensar.
Vinícius riu baixinho, mas não respondeu diretamente.
— Às vezes, a vida nos dá mais perguntas do que respostas. Mas você parece em paz agora.
Clara olhou para o céu, evitando os olhos dele.
— Acho que por um momento, sim... — respondeu, mas logo desviou o olhar de novo. — Mas é difícil relaxar de verdade.
Vinícius parou de andar e a puxou suavemente para perto. Clara sentiu o toque dele, firme, mas não invasivo.
— Você está segur