Ponto de vista: Mara
A sala ainda estava pesada com o clima de desconfiança. Arthur e Apolo não desgrudavam os olhos de Victor, que permanecia calmo como se tivesse todo o tempo do mundo. Eu podia sentir os músculos dos gêmeos tensos ao meu lado, como lobos prestes a saltar sobre a presa. Mas ele não parecia ameaçado. Ao contrário, era como se soubesse que ninguém ousaria atacá-lo sem antes medir as consequências.
Segurei a mão de Jaqueline com força, como se temesse que ela desaparecesse novamente se eu a soltasse. Não importava quem estivesse na sala, ou que tipo de rei a acompanhava, ela era minha amiga. Minha melhor amiga.
— Eu preciso conversar com ela. — declarei, olhando para Arthur e Apolo.
Arthur franziu o cenho.
— Não acho seguro.
— Eu também não. — Apolo completou, com os olhos dourados faiscando na direção de Victor. — E não gosto da ideia de você se afastar com ela.
Rolei os olhos.
— Não sejam ridículos. Eu não vou atravessar fronteiras ou abrir portais. Só vou andar at