Mara
Estou acorrentada neste lugar escuro e sombrio, onde a luz parece ter sido esquecida há séculos. O ar é pesado, impregnado de dor e desespero. Sinto-me fraca, drenada, como se essas correntes antigas sugassem cada fragmento da minha energia vital. Meus pulsos ardem, o metal frio cravado na pele já marcada. Cada parte do meu corpo grita em agonia silenciosa. Tento pensar em Apollo e Arthur, em seus rostos, em suas vozes, mas quando fecho os olhos, não são eles que vejo. É uma mulher. Seus olhos coloridos brilham com uma intensidade sobrenatural, seu olhar firme atravessa minha alma, e seus cabelos escuros dançam como sombras ao vento. Ela se aproxima, e é como se meu coração a chamasse, como se algo dentro de mim a reconhecesse... como se ela fosse parte de mim.
“Mara, você está bem?” — a voz de Rebecca me arranca dos pensamentos, suave, mas carregada de preocupação.
Reviro os olhos, a dor me consumindo. “O que você acha? Braços e mãos acorrentados, uma força maligna sugando minh