Ponto de Vista de Amara
Meu coração batia tão forte que eu podia ouvir o som pulsando dentro da minha cabeça. O medo corria pelas minhas veias como um veneno silencioso, frio e persistente. Eu tentava manter a calma, fingir uma força que eu já não sentia, mas as correntes pesadas me lembravam a cada segundo de que eu estava completamente à mercê daquele lugar e daquele homem. O metal mordia meus pulsos, deixando a pele machucada e o sangue escorrendo em filetes finos, enquanto minha energia parecia escapar aos poucos, drenada por algo que eu não conseguia compreender.
Rebeca, por outro lado, parecia alheia ao meu sofrimento. Sentada diante de uma mesa repleta de pergaminhos amarelados, ela seguia traduzindo símbolos antigos com uma dedicação quase obsessiva. Às vezes, eu a observava em silêncio — e via o quanto ela oscilava entre o medo e a curiosidade. Parecia fascinada por aquilo tudo, mesmo que soubesse o quão perigoso era o que fazia.
Eu sabia que, quando ela terminasse, Sebastian