HANNER NARRANDO
O grande dia chegou. Estou com as mãos suadas, nervoso pela primeira vez por causa de algum evento social. É engraçado, eu sei, porque eu não sou de ficar nervoso. A verdade é que eu sou muito tranquilo com tudo, consigo me controlar, mas hoje, estou uma pilha de nervos.
— Filho? — O pai de Alana entrou no quarto onde estou terminando de me arrumar.
— Oi, sogrão. — Falei e ele sorriu.
— Trouxe algo pra você. — Ele tirou uma pequena caixinha do bolso e a abriu, revelando um prendedor de gravata de prata.
— Um prendedor de gravata? — Ele sorriu e concordou.
— Sim. Usei no dia do meu casamento e guardei. Olha... Eu fui muito, muito feliz no meu casamento. Eu e minha esposa, a mãe da Marie, fomos cúmplices até o último dia da vida dela. Tive dificuldade de encontrar outra pessoa por isso, sabe? Ela... Ela era maravilhosa. Se você não quiser usar o prendedor, tudo bem.
— Não, eu uso, pode colocar em mim. — Falei, com um sorriso.
— Obrigado. Me traz boas lembranças.
Eu o abr