As convulsões voltaram.
Mogli uiva sobre a cama, febril e instável. Seus dedos tremem, seus olhos lacrimejam, seus dentes batem uns conta os outros.
É uma guerra.
Cerise chora enquanto testa sua temperatura, ela troca os lençóis a cada cinco minutos, e chora enquanto os troca. Ela me pergunta o que fazer...
Eu não sei.
O garoto que era lobo parece prestes a rebobinar a fita, ele quer voltar à seus pelos negros e unhas afiadas.
Eu não sei.
Cerise grita, é a sétima vez que o faz. Está desesperada, estou desesperado.
As convulsões param. Ele não responde...
— Mogli! — é a oitava vez.
Mogli uiva, mas ainda não está completo, ainda não voltou ao lobo que era. Ele ainda é um de nós, ainda é um humano. Mas, até quando?