Foram dias e semanas leves, surpreendentemente leve o mês acabou.
Enzo cumpria cada palavra dita naquela noite no leilão, Voltou a negociar com Irma, firmou novamente o contrato de exclusividade e, para minha surpresa, não usou isso como desculpa para me prender.
Ele apenas… esteve presente.
Cafés rápidos entre compromissos, passeios sem pressa pela cidade, até risadas bobas quando tentava me convencer a experimentar um doce que eu odiava, aos poucos, a ferida no meu peito parecia sarar.
E naquela tarde, sentados num banco discreto à beira do jardim botânico, quase aconteceu.
Ele se inclinou devagar, com os olhos fixos nos meus, como se pedisse permissão em silêncio, e meu coração disparou, mas eu não desviei.
Estávamos a segundos de um beijo quando uma voz grave ecoou, a nossa frente
_Que cena interessante.
Virei a cabeça depressa e vi Lisandro, impecável em um terno preto com as mãos nos bolsos e um sorriso enviesado nos lábios.
O impacto foi imediato, pois ele