Chegamos e, logo na porta da lojinha, encontrei dona Cida fechando a grade.
Ela sorriu quando me viu, mas lançou aquele olhar de mãe que sabia mais do que devia.
_Eu cuidei daqui direitinho, menina. -disse ela, entregando as chaves com firmeza. _Pode confiar que ninguém mexeu em nada.
_Obrigada, dona Cida… de coração. -falei, emocionada. _Eu não teria conseguido sem a senhora.
Ela me abraçou apertado, cochichando ao pé do ouvido
_Agora trate de cuidar do que realmente importa, viu?
Enzo, parado logo atrás, acenou com respeito.
_Obrigado também, dona Cida. A senhora tem mais bolas que muito macho por aí.
A resposta dela foi um aceno com a cabeça, quase orgulhoso, antes de desaparecer pela rua e eu repreendi Enzo por falar daquele modo com uma senhora.
Na manhã seguinte, encontrei Enzo e Rafael discutindo no balcão da nova lanchonete.
_Eu devia cobrar cachê de cupido, sabia? -resmungava Rafael, com os braços cruzados.
_ você? Meteu medo numa grávida, e nem levou bronca, e a