Finalmente, respirei fundo e tentei organizar meus pensamentos.
Não sabia quem tinha enviado, não sabia a verdade completa.
Era cedo demais para conclusões precipitadas e com a cabeça ainda latejando, desliguei o computador, peguei meu casaco e saí do hospital.
Enquanto dirigia para casa, mantive as mãos firmes no volante, respirando devagar, a raiva e a confusão ainda estavam lá, mas eu precisava estar calmo quando chegasse.
Christine não fez isso… e, acima de tudo, eu precisava descobrir a verdade antes de agir.
Quando finalmente cheguei em casa, a porta se abriu para aquele silêncio familiar que sempre me acalmava.
O cheiro do chá que Christine provavelmente já tinha preparado me atingiu, mas não trouxe conforto imediato, apenas uma pontada de medo por estar tão perturbado com aquilo que eu ainda não sabia ao certo.
Fechei a porta atrás de mim, respirei fundo e tentei recompor a postura.
Christine estava na cozinha, mexendo em alguma panela, de costas para mim,