Eu vi Lisandro puxando-a num canto, vi a expressão dela, o corpo rígido, a tensão nos olhos, não era só nada demais
Nada naquela cena podia ser nada
Abaixei a cabeça, e um sorriso irônico escapou, amargo enquanto me despia
Ela acha que me engana
Deitei na cama, mas o sono não vinha
Cada vez que fechava os olhos, a imagem de Christine desviando o olhar, inventando desculpas, voltava.
A mentira pesava mais que qualquer verdade dolorosa, então passei a mão pelo rosto e murmurei sozinho
_Se você tem medo de me contar, Christine, quem deveria ter medo sou eu.
A raiva era forte, mas por baixo dela havia algo pior, a sensação de que podia perdê-la para segredos que insistia em guardar.
Me virei de lado, encostei o braço na testa e fiquei ali, remoendo.
Eu a queria toda, sem máscaras, sem metades e se Lisandro estava de novo cruzando nosso caminho, isso só podia terminar mal.
Mas ela… ela ainda era minha fraqueza, por mais que me corroesse por dentro, só me restava esp