Enzo tirou o paletó, largando-o numa poltrona, e afrouxou a gravata, como quem enfim se permitia respirar.
E então, nossos olhares se cruzaram de novo, inevitáveis, e percebi que a noite não terminaria tão facilmente, Cruzei os braços e deixei escapar um riso abafado.
_Uau… o todo poderoso Enzo Costa, preocupado com um tornozelo? Quem diria… pensei que só se importasse quando a mamãezinha mandasse.
Ele arqueou a sobrancelha, claramente ofendido, mas não respondeu de imediato.
Aproveitei o silêncio para me inclinar um pouco deixando minha perna esticada sobre a almofada, e completei
_Mas devo admitir… até que ficou charmoso me carregando. -Ergui o olhar até o dele, sustentando o contato como quem provoca de propósito._Quase me convenceu que tem coração.
Enzo deu um meio sorriso, mais um desafio do que simpatia.
_Quase? -perguntou, se aproximando devagar, como se testasse os limites.
_É… quase. -respondi, com um sorriso enviesado, sabendo muito bem que a noite ainda prom