Bom, pessoal, eu costumo escrever de 3k a 4k por capítulo. Então, se ao ler vocês encontrarem um título, saibam que os capítulos seguem uma ordem específica.
Este, por exemplo, é o Capítulo 1. Por isso, não se percam!
Assim que tudo estiver tranquilo, postarei as atualizações da obra no meu I*******m: @dvh_hadesinho21.
Acompanhem o andamento e boa leitura!)
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Leonardo diamond narrando:
No luxuoso escritório da Star Produções, Dona Donatella Diamond caminhava de um lado para o outro com elegância natural.
Aos cinquenta e poucos anos, era o retrato vivo do poder e da sofisticação.
Impecável, dos cabelos perfeitamente escovados ao salto alto de grife.
Cuidava da aparência com o mesmo zelo com que comandava negócios e isso a tornava admirada, temida… e invejada por muitos.
Sem paciência para rodeios, aguardava apenas uma coisa:
as batidas na porta e a voz do filho.
Seu sexto sentido nunca falhava.
— Pode entrar, meu filho — disse, sorrindo.
Assim que Leonardo atravessou a porta, ela abriu os braços, radiante.
Mas seu olhar logo se estreitou ao ver o cansaço marcado nas feições do primogênito.
— Ah, meu bebê... está assim tão mal? Perdoe esta mãe, meu bem.
Com um único olhar da matriarca, os seguranças deixaram o cômodo, posicionando-se do lado de fora.
A porta se fechou com um leve “clique”, selando o que seria mais do que uma simples conversa familiar.
Leonardo suspirou e sentou-se, mantendo o respeito que sempre teve por ela, mas com o cansaço evidente.
— Mãe, a senhora sempre começa assim e me deixa preocupado. Eu estava dormindo, mas tudo bem o que a senhora precisa de mim?
Donatella se ajeitou na poltrona de veludo, o tom mudando com a elegância de quem comanda sem levantar a voz.
— Vou ser direta. Já liguei e cancelei toda a sua agenda de hoje. Depois disso, você vai descansar. Mas agora temos um assunto sério a resolver. Uma família nos deve uma quantia altíssima. E você sabe como seu pai é objetivo, impaciente e, bem sem muita piedade.— Fez uma breve pausa, observando o filho com atenção antes de continuar, a voz firme, mas com certa ternura:
— Eu quero que você vá pessoalmente resolver essa cobrança. Pode negociar, fazer um acordo algo que seja vantajoso pra nós. O que eu não quero é destruir uma família com crianças pequenas. Se fossem adultos sem filhos, deixaria seu pai resolver do jeito dele, sem remorso.
Ela balançou a cabeça, os olhos brilhando com uma força que só as mulheres da família Diamond carregavam:
— Mas, crianças isso eu não tolero. Nem agora, nem nunca.
Leonardo levou alguns segundos para responder.
O olhar fixo na parede ao fundo indicava que estava processando tudo com calma.
— Bom… eu entendo o que quer dizer — disse, por fim, com a voz mais suave. — Também concordo. Crianças não têm culpa das ações dos pais.
Virou-se lentamente para a mãe, e seu semblante assumiu uma expressão mais determinada.
— Considere feito, mãe. Vou resolver essa situação.
Fez uma pausa, os olhos ganhando um brilho frio, quase imperceptível como quem já traçava os próximos passos em silêncio.
— Talvez até resolva em partes nossos próprios problemas — completou, enigmático.
Donatella sorriu.
Não perguntou mais nada.
Ela era uma Diamond e, para ela, meia palavra bastava.
Depois da conversa com a mãe, Leonardo refez o caminho de volta para casa.
Planejava descansar. Recuperar o foco.
Quando acordasse, cuidaria da situação pessoalmente.
Do jeito dele.
Afinal, muita coisa estava prestes a mudar...
Mas será que ele estava realmente preparado para o que viria?
Nota do autor: Descobriremos em breve. No próximo capítulo, o caos atende pelo nome de Alícia Ferraiz. Um brinde ao drama, ao caos e aos nossos surtos coletivos.
......💅💅💅
Depois do esbarrão com aquele homem mais cedo o próprio colírio de terno, ela tentou seguir a vida.
E por "seguir a vida", entenda: rodar a cidade atrás de um emprego.
Passou em tudo quanto é canto.
Resultado?
Alguns nãos secos.
Outros, mais educados:
—meu bem, tivemos que contratar outra pessoa.
Tradução: não era você, querida, segue o baile.
Nada. Zero. Nenhuma vaga.
Já começava a pensar em vender brigadeiro na calçada quando, do nada, veio um sim.
Não era nada glamouroso, nem de longe o que ela sonhou, mas quem tem tempo pra sonhar com aluguel vencido?
Era uma boate pequena, discreta.
O cargo?
Atendente de bar. Atrás do balcão. Servir bebida, sorrir educadamente, e seguir viva até o fim do turno.
Sem assédio.
Sem toques indesejados.
Somente paz.
Ou pelo menos era o que ela esperava.
A vida nunca foi fácil e Alícia sabia muito bem disso.
Mas, se tinha aprendido alguma coisa com o tempo, era que quando uma oportunidade aparecia, mesmo pequena, era melhor agarrar do que continuar ouvindo nãos.
Ela já estava farta deles.
Com as informações do novo emprego anotadas e a cabeça cansada, decidiu que não perderia tempo questionando sorte ou destino.
Pegaria o que estava disponível e seguiria em frente.
Quando a noite chegou, Alícia estava pronta.
Vestida com simplicidade, mas com cuidado o suficiente para parecer profissional e se sentir segura , ela deixou o pequeno apartamento onde morava e seguiu pelas ruas da cidade.
O destino?
A boate onde começaria a trabalhar.
Não era o tipo de lugar com que ela sonhava.
Mas, naquele momento, era o que a realidade oferecia.
E ela havia aprendido a aceitar o que vinha, contanto que não custasse sua paz.
Pelo menos era o que esperava.
O táxi a deixou em frente à boate com um ronco abafado do motor e nenhuma promessa de volta.
Alícia respirou fundo, ajeitou a alça da bolsa e entrou no prédio.
Foi rapidamente guiada até o balcão onde ficaria durante o turno.
Graças a qualquer entidade bondosa que estivesse ouvindo.
Não teria que circular entre mesas ou lidar com gente derramando bebida no próprio sapato.
Ela deu uma olhada em volta, discreta.
Vários garçons pareciam travar batalhas diárias contra clientes bêbados — alguns tentando levantar gente caída, outros negociando copos tirados à força.
Uma verdadeira prova de paciência que ela não pretendia viver.
— Eca — murmurou para si mesma, franzindo o nariz. — Tocar em gente bêbada é meu limite. Credo.
Mesmo assim, respirou fundo e assumiu seu posto atrás do balcão, disfarçando o enjoo com um sorriso treinado.
Paz. Era só isso que ela queria.