81. A Promessa e a Jornada
O céu começava a tingir-se de um vermelho pálido quando nos sentamos juntos, ainda no chão do quarto onde o ritual quase me consumiu. O círculo de sal estava quebrado, o pergaminho antigo já sem energia, e mesmo assim o colar no meu peito continuava a pulsar — como se soubesse que o que fizemos ali era só o começo.
Noctis não soltava minha mão desde o momento em que me trouxe de volta.
— Você me assustou — confessou, com a voz rouca, quase um sussurro.
Virei meu rosto na direção dele, ainda fraca, mas presente. A expressão de Noctis estava marcada por uma tensão que raramente deixava transparecer — aquele príncipe treinado para nunca demonstrar fraqueza, agora com os olhos avermelhados, como se cada batida do meu coração fosse também dele.
— Eu achei… achei que ia te perder ali — completou.
Encostei minha testa na dele, os olhos fechando,