78. Runas antigas.
Naquela noite, os sonhos vieram como sombras distorcidas. Imagens fragmentadas, vozes sussurrantes, e uma sensação sufocante que não me abandonou nem quando despertei. Acordei antes do sol se erguer completamente, envolta em um cansaço que parecia mais profundo que o sono. Era como se meu corpo tivesse descansado, mas minha alma tivesse passado horas travando batalhas que eu não conseguia lembrar.
Me levantei devagar, mas não hesitei. Vesti-me com rapidez, tentando não fazer barulho. Noctis ainda dormia. Decidi deixá-lo descansar. Haveria tempo para conversas, mais tarde. Agora, algo me chamava — ou alguém.
A brisa da manhã era fria enquanto subi os degraus em espiral da torre de Arpid. Cada passo ecoava como um aviso ou um presságio, não saberia dizer. Ao chegar ao topo, toquei levemente a porta de madeira esculpida e chamei:
— Arpid?
A porta se abriu sozinha com um rangido longo, c