Capítulo 129
Maria Luíza Duarte
Encarei Erika.
— Você achou que sairia ilesa depois de tocar nos meus filhos? — minha voz saiu carregada de ódio — Nem quero imaginar o que poderia ter acontecido com meus bebês.
— Eu não machucaria a Sofia, não deixaria ninguém encostar. Eu só queria ela pra mim, não posso ter filhos!
— Não poderá mesmo. Vou garantir isso.
Peguei uma lâmina de faca que estava sobre a mesa. A ponta reluzia sob a luz fraca do porão. Me aproximei devagar, deixando o som dos meus saltos ecoar no chão, como um prenúncio do que estava por vir. Érika começou a gritar e a se debater, mas não havia escapatória. Eu estava com raiva.
— Cala a boca! — gritei, segurando seu queixo com força. — Cada grito seu só me dá mais vontade de continuar.
Arrastei a lâmina pela pele do braço dela, sem cortar fundo, mas o suficiente para deixar um rastro de dor e sangue.
— Isso é por mexer com os meus filhos, inclusive os da minha barriga. Quero te ouvir gritar