Capítulo 130
Maria Luíza Duarte
Os gritos de Érika e os gemidos abafados de Gregory ainda ecoavam pelo porão, mas já eram fracos. A dor os consumia, roubando-lhes as forças.
— Gregory... como se sente? — Alexei murmurou, agachando-se ao lado do primo. Ele pegou um punhal de lâmina curta que Nazar havia deixado sobre a mesa e o cravou na perna de Gregory, girando devagar.
Gregory tossiu sangue, mal conseguindo responder. Alexei o segurou pelos cabelos, forçando-o a olhar em seus olhos.
— Fala, porra! Ainda pareço bonzinho pra você, caralho? — rugiu.
— Não... Me deixa morrer. Pelo que já fomos, me deixe em paz.
— Nunca fomos além de uma mentira. Quero que conheça o Don piedoso e incapaz de trair alguém que você supôs...
Alexei sorriu, mas era um sorriso frio, sem alma. Ele cravou a lâmina fundo no peito de Gregory, mas propositalmente não atingiu nenhum ponto vital.
— Traidores não merecem clemência, primo.
Enquanto isso, eu me voltei para Érika.