A cena que vi nos monitores ainda pulsa na minha mente como um pesadelo que não consigo acordar.
Kira. Minha agente. Minha subordinada. A mulher em quem eu depositei mais confiança do que em qualquer outro nesse maldito inferno.
Ela me enganou. E agora, tudo que sinto é um misto de fúria, incredulidade e nojo de mim mesmo por não ter percebido antes.
Ela não é só rápida. Não é só forte.
Eu vi o que ela fez com aqueles homens caídos. Vi o instante exato em que o toque dela se tornou algo diferente. Os apêndices saiam de seus ferimentos, aderindo aos corpos e iniciando o processo, as células dos corpos deles colapsando, sendo sugadas, como se os estivessem devorando vivos e os absorvendo. Se reconstituindo enquanto eles se desconstruiam.
Isso não é treinamento. Não é biotecnologia de elite. É algo mais. Algo que beira o abismo entre o humano e o monstro.
E ela escondeu isso de mim.
Eu sou o chefe dela. O chefe dela, porra!
Eu me arrisquei por ela. Apostei tudo na ideia dela, eu