Léo
A noite já tinha caído quando ao chegar ao cemitério, o motor do carro silenciou enquanto eu estacionava perto dos locais. O envelope branco estava no banco do passageiro, intocado, o nome "Leonado Alcântara" saltando dele. Eu não consigo abri-lo. Ainda não. Minha mão tremia só de tocar o papel, como se ele guardasse uma sentença que eu não estava pronto para ouvir. Emilly é minha filha? A possibilidade me puxou para um futuro que eu queria, mas também me jogou de volta a um passado que eu nunca consegui deixar para trás.
Desci do carro, o ar frio da noite batendo no rosto enquanto eu caminhava até o túmulo. A lápide era pequena, delicada demais para o peso que carregava: Mateo Alcâ