Léo
Segurando o desenho do leão de Emily, senti meu peito apertar. Ela era minha filha. A certeza me enchia de uma alegria que não sentia desde que perdi o Mateo, mas o olhar gelado de Ana do outro lado da sala me mantinha no chão. Ela estava furiosa, assustada, e eu não podia culpá-la. Pegar o cabelo de Emily para um teste de DNA foi uma traição, mas agora que a verdade estava na mesa, eu não recuaria. Queria ser o pai que ela merecia, o homem em quem Ana pudesse confiar.
— É lindo, pequena — disse a Emily, forçando um sorriso enquanto guardava o desenho. — Posso guardar ele?
Ela assentiu, rindo, e correu de volta para o quarto, alheia à tensão entre nós. Quando a porta dela se fechou, levantei-me, enfrentando o olhar de Ana.
— Ana, eu sei que errei. Pegar o cabelo da Emily foi errado, mas eu estava desesperado. Depois do Mateo… — Minha voz falhou, a dor da perda dele ainda crua. — Eu não podia viver com a incerteza. Não de novo.
Ela cruzou os braços, lágrimas brilhando nos olhos, a