Ao parecer, o problema que Daniel tinha no trabalho era importante, porque se lhe estava a fazer costume chegar depois do jantar. Mas não comentava nada a Deanna sobre isso. Pelo geral, se o dia tinha sido complicado, ela costumava levar-lhe um café ou alguma sobremesa ao seu escritório enquanto continuava trabalhando nas noites na casa. E enquanto ele resmungava e amaldiçoava, ela lia numa das poltronas, meio sorrindo.
Tinha de o convencer de que terminasse por essa noite para que se fosse para a cama; do contrário, até amanhecia sentado. Mas com o correr dos dias foi deixando de levar trabalho para o lar e permanecia algumas horas mais na empresa. Às vezes voltava quando tinham terminado de jantar e outras, muito entrada a noite. Pedia-lhe que passasse pelas crianças no colégio, e então Deanna sabia que esse dia se alongaria para ele.
Essa madrugada despertou sozinha na cama e se alarmou. Olhou o relógio: eram perto das quatro. Onde estava? Baixou, um pouco nervosa. Nunca chegava tã