Leonard voltou com uma muda de roupa para a sua filha. Ela lhe entregou o que levava posto e lhe pediu que, por favor, se fosse dormir, que qualquer coisa que ocorresse lhe ligaria. Daniel não havia despertado; ao parecer, ia dormir por todas essas horas que se havia desvelado a trabalhar.
«Obrigado por nos cuidar…»
«A ele não o cuido…» lhe disse com um gesto de aborrecimento.
«Sim o fazes.»
Deu-lhe um beijo na face e se foi. Ia saindo pela entrada quando sentiu que algo lhe golpeava apenas o joelho. Levava o sobretudo de Daniel dobrado num braço. Metu a mão e se encontrou com o telefone de Deanna. «Assim não vai poder ligar-me», pensou. Mas havia algo mais, além do aparelho: um papel.
Seria da sua filha também? Abriu-o; estava dobrado pela metade. Os primeiros segundos não entendeu o que via, mas pronto se deu conta. Isso era… um bebé? Deanna estava grávida?! Sentiu o coração a acelerar; regressou a correr ao elevador. Estava grávida! Deus! Ia ser avô! O elevador demorava a chegar e