Bruno Lafaiete é um playboy bilionário que vive rodeado por belas mulheres na cidade de Denver, porém, mantém sua vida encoberta do olhar das câmeras e sociedade. Livia é uma jovem órfã que vê sua vida se transformar quando esbarra com o prepotente Bruno que planeja vender o orfanato no qual vive. Disposta a fazer de tudo para salvar sua casa e proteger as crianças que tanto ama, Livia aceita a proposta indecente de um casamento por contrato com Bruno, o maior cafajeste da cidade. Bruno não imaginava o quanto poderia acabar se encantando por uma garota tão determinada e boa quanto Lívia, será que ele está disposto a mudar todos os seus hábitos e dividir os seus segredos por amor?
Leer másLivia
“Madre não podemos fechar o orfanato” Suspiro cansada repetindo mais uma vez a frase.Como sempre ela busca dar-me conforto mesmo que o medo esteja maltratando seu coração tanto quanto o meu, enquanto varremos o pátio vazio.“Não quero que isso aconteça filha, mas entenda que não temos dinheiro para as contas básicas e o banco está cobrando.” Ela repete mais uma vez.Já estamos a mais de um mês e meio sem ter como pagar as contas básicas como água e luz, vivo nesse orfanato desde que fui abandonada em uma cesta com alguns panos e uma corrente de prata que hoje uso como pulseira com meu nome : Lívia.Madre Magnólia é como uma mãe, afinal, foi ela que cuidou e ainda cuida de mim. As crianças que vivem aqui são como irmãos, apesar de nunca ter sido adotada sinto uma felicidade enorme por cada um que encontra uma família. Todos vivemos em busca de cuidar dos menores para que eles se sintam acolhidos.“Por favor querida, vamos receber a visita do gerente do banco e o possível comprador, vamos manter a fé.” A Madre abre um sorriso e me abraça com carinho.Derrotada faço uma pequena oração pedindo a Deus que seja quem for traga uma solução para os nossos problemas financeiros, não existe outro orfanato sem fins lucrativos em Denver.Vivemos em uma grande cidade, na qual os orfanatos são basicamente financiados por políticos em busca de votos. Algumas das crianças são bastardos dos mesmo que usam a manobra de adoção para se eleger. Algo, que Madre jamais aceitaria vivemos com doações e após a pandemia de SARS Cov diminuíram tanto que nem ao menos conseguimos comprar comida direito. Finalizamos a limpeza e vamos para as pequenas salas de aula na qual as crianças passam parte do dia recebendo aulas, minha melhor amiga Lia abre um enorme sorriso quando apareço na porta as crianças gritam e veem abraçando as minhas pernas.Preciso segurar a vontade de chorar diante de tanto amor, eles são o único motivo pelo qual continuo tentando mesmo com tantos problemas o meu maior sonho é finalizar a ensino médio e cursar advocacia para ter um grande escritório que possa lidar com casos de adoção assim, esses pequenos terão casas e familias.“Oh minha amiga vamos manter a fé.” Sinto a mão quente em meu ombro e como boa noviça que é Lia reforça o que a madre falou.“Está no caminho certo amiga, daqui a pouco estará repetindo as mesmas palavras da madre.” Respondo fazendo as crianças rirem.Ela balança a cabeça com a minha brincadeira e nós duas conduzimos duas filas de pequeninos divididas em meninos e meninas para os dormitórios, está no horário do almoço e essas crianças precisam de um banho antes de comer.Brincamos junto com eles e os preparamos para logo depois ficarem no refeitório junto com algumas das poucas freiras que ainda residem aqui.“Vem Livia vamos comer, não adianta de nada você ficar com fome.”Aceno em negativo para Lia, estou nervosa demais para conseguir comer.“Não amiga, não consigo irei para a igreja orar.” Respondo saindo do refeitório.Amarro meus cachos com uma fita, andando pelo jardim em direção a pequena igreja que mantemos com cuidado e dedicação. Paro admirando um passarinho numa roseira suspiro com tanta beleza.Fecho os olhos buscando aquela paz no coração ficando mais calma e confiante de que tudo dará certo. Escuto vozes meio distantes diferentes das que conheço, curiosa vou na direção delas dando a volta pelo jardim, escuto eles se aproximando e sem nenhum lugar para ficar escondida entro dentro do banheiro masculino. Agradeço a Deus o fato de todos estarem almoçando, quando a porta se abre subo em cima de um vaso.“Bruno você precisa entender que às familias desejam fechar o acordo o mais rápido possivel.”“Foda-se isso Giulio não vou me casar agora.” A voz exaltada é grave.“Tudo bem, diga-me o que pretende fazer com esse pedaço de lixo” Sinto vontade de gritar de raiva com esse homem que fala mal do meu lar.“Vou transformar em algo rentavel.”Coloco a mão sobre a boca completamente indignada com o que esses dois falam, a porta se abre e fecha mas escuto o som de uma torneira aberta. Não tivemos condições de reformar os banheiros então eles não tem espelho.Apoio as mãos na porta ficando na ponta dos pés e ao ver o perfil do homem posso reconhece-lo, Bruno Lafaiete um dos playboys bilionarios da cidade apesar de ser um cafajeste mantém a fama de ser filantropico. Desço do vaso completamente revoltada abrindo a porta fazendo com que ele pare antes de sair do banheiro.Coloco as mãos na cintura furiosa mesmo diante de tanta beleza.“Tenho certeza de que a midia irá adorar descobrir que Bruno Lafaiete é um cretino como todos os outros.”“E quem você pensa que é garota?” Ele avança na minha direção.Mantenho-me firme sem perder a postura não vai ser um riquinho que irá destruir a minha casa.“Se você não desistir de comprar o orfanato irei ligar para a midia e dizer que você não passa de um cretino, tenho certeza de que será uma otima noticia no meio da candidatura do seu pai a prefeito.”Os olhos do homem brilham com fúria e pela primeira vez sinto medo, dou um passo para trás apesar de conferir se estou muito longe da porta para fugir.“Você não deveria ameaçar homens que não conhece.” Sua voz se torna baixa mas o tom de ameça está lá.A porta do banheiro se abre e o outro homem reaparece ficando calado quando me vê, seus olhos azuis fazem uma varredura completa nas minhas roupas simples sinto como se fosse um pedaço de lixo nos pés de um sapato de grife.“Giulio, veja só papai gostaria que me casasse acabei de encontrar minha noiva.”Sinto os olhos pulando das órbitas enquanto giro o pescoço na direção dos olhos verdes que agoram parecem faiscar.“Que merda Bruno?”“Você está louco” Rebato prontamente.“Quer ou não quer salvar esse lugar?” Sua voz soa calma enquanto coloca as mãos na calça social.Finalmente reparo bem no homem, muito mais lindo pessoalmente do que nas revistas mas são seus olhos que fazem meu coração pular.“Não tenho nenhum motivo para acreditar em você.” Cruzo os braços buscando alguma proteção.“Nem eu em você, entretanto, podemos fazer um negócio - Fala de modo calmo passando as mãos no cabelo desfazendo o penteado. - O orfanato por um casamento, a menos que esse lugar não seja tão estimado.”Quase rosno com a sua audacia em tentar mensurar o quanto é importante para mim o cuidado das crianças e desse lugar.“Tudo bem - Respondo derrotada. - Mas quero um contrato no qual você se compromete em manter o orfanato e as despesas.”“Só isso?” QuestionaRespiro fundo procurando algo dentro da minha mente até que encontro.“Meus estudos, você terá que arcar com a minha faculdade.”“Prepare um documento com esses termos Giulio.”O tal de Giulio parece estupefato com a ordem recebida porém não questiona, Bruno abre a porta do banheiro gesticulando para que saia na sua frente. Quando o faço sua voz soa rouca ao pé do meu ouvido.“Não deveria fazer negócios com desconhecidos.”Sinto estar entrando em uma enrascada mas engulo o medo e oro para ter tomado a decisão certa.Bruno Lafaiete Cinco anos se passaram desde aquela noite mágica do baile de aniversário de Lívia, quando a notícia da minha amada esposa sobre sua nova gravidez havia mudado nossas vidas para sempre. Agora, enquanto observava a luz do sol da manhã filtrando-se pelas cortinas da cozinha, não podia deixar de sentir uma onda de gratidão e amor. O aroma do café fresco misturava-se com o perfume das flores que Lívia adorava cultivar, criando um ambiente acolhedor que fazia de nossa casa um verdadeiro lar.Com 33 anos, eu era o Don da máfia italiana, e depois de tantos desafios, finalmente estava desfrutando da alegria de uma família que florescia em meio às responsabilidades e complexidades do meu papel. Lívia, agora com 24 anos, parecia ainda mais radiante. O amor que compartilhávamos havia se aprofundado, e cada dia que passava eu percebia o quão sortudo era por tê-la ao meu lado.Os meninos, Matteo e Pietro, estavam com cinco anos e eram uma fonte constante de alegria e energia. France
Lívia Lafaiete Os raios de sol da tarde filtravam-se através das folhas das árvores, criando um padrão de luz e sombra que dançava no chão do jardim. O riso dos meus filhos ecoava, misturando-se ao canto dos pássaros e ao perfume doce das flores que brotavam ao nosso redor. Sentada em uma manta estendida na grama, observava Matteo e Pietro brincarem com entusiasmo.Matteo, sempre o explorador, corria de um lado para o outro, sua energia ilimitada fazendo com que fosse difícil acompanhá-lo. Ele tinha um jeito curioso de olhar para o mundo, sempre fazendo perguntas e se aventurando a descobrir coisas novas. "Mamãe, olha! Uma formiga!" ele exclamou, agachando-se para observar o pequeno inseto que caminhava apressado pela grama. Sua expressão de fascínio era contagiante.Pietro, por outro lado, era mais contemplativo. Ele observava o irmão com um sorriso leve, brincando com um carro de brinquedo que tinha ganhado de presente. A calmaria dele sempre equilibrava a vivacidade de Matteo. Era
Bruno Lafaiete A música suave reverbera pelas paredes douradas do salão, misturando-se com o murmúrio constante de vozes. O brilho dos lustres pendentes refletia nas superfícies polidas, enquanto a atmosfera opulenta se alinhava com o status da noite. Era mais que um baile - era uma declaração de poder. No entanto, para mim, era também uma celebração muito mais íntima.Meus olhos estavam fixos em Lívia, que se destacava como uma joia preciosa no meio da multidão. Ela conversava com alguns dos convidados, sempre radiante, mesmo sem saber o que estava por vir. Seu vestido preto delinear sua figura com elegância, e seus olhos brilhavam como as estrelas que pareciam sempre acompanhá-la. Ela carregava dentro de si uma segunda vida, o segundo filho que estávamos esperando, e logo, todos ali saberiam.Olhei ao redor, capturando o cenário. Cada movimento, cada olhar dissimulado de meus homens estava impregnado de vigilância. A máfia se reunia em um evento como este não apenas para comemorar,
Bruno Lafaiete O salão estava tomado por uma atmosfera vibrante. As luzes douradas dançavam pelo teto abobadado, refletindo-se nos espelhos altos que revestiam as paredes. Flores exuberantes decoravam cada canto, e os convidados, em suas roupas elegantes, conversavam e brindavam ao som de uma música suave que preenchia o ambiente. Eu observava tudo com atenção, mas, na verdade, havia apenas uma coisa que realmente prendia meu olhar.No centro do salão, parada perto da escadaria, estava Lívia.Meu coração quase parou quando meus olhos pousaram nela. Ali, à luz suave dos lustres, ela parecia mais deslumbrante do que qualquer outra mulher que eu já havia visto. Seu vestido preto ajustado destacava cada curva do seu corpo de forma hipnotizante. A seda brilhante contrastava com o tom perfeito da sua pele negra, e seus ombros expostos cintilavam sob o brilho das luzes. O decote do vestido desenhava seu corpo com elegância e poder, ao mesmo tempo em que sua postura orgulhosa mostrava a todo
Lívia LafaieteEu mal conseguia respirar enquanto caminhava pelo corredor. O som dos meus saltos ecoando contra o mármore da casa parecia abafado, distante. Meu coração estava acelerado, minha mente a mil. Eu sabia que alguma coisa estava errada, mas não sabia o quê. A cada passo que eu dava para longe de Bruno, sentia mais o peso de tudo o que estava acontecendo. Pietro, Matteo, Gianni… Era como se os fantasmas do passado estivessem lentamente nos consumindo.Eu me peguei pensando em Magnólia. Ela tinha sido mais do que uma figura materna para mim. Ela foi minha amiga, confidente, a mulher que me ensinou tudo o que eu sei sobre o amor, a lealdade e, ironicamente, sobre os sacrifícios. Gianni, o homem que controlava a máfia com mãos de ferro, sempre pareceu intocável para mim. E agora Bruno estava tentando seguir o mesmo caminho.Mas a que custo?A mulher que chamei de mãe por quase toda vida mal suporta me olhar nos olhos e foi embora na primeira oportunidade com raiva pelo que meu m
Gianni LafaieteAbro um sorriso vitorioso com a maneira como Magnolia cai em um sono exausto e profundo assim que a abraço, sorrio como um idiota apaixonado porque é isso que sou. A seguro com cuidado buscando ajustar suas roupas, sou capaz de fazer uma matança se alguém a vir com os seios de fora.É completamente surreal a sensação de ter Magnólia outra vez em meus braços, sinto o prazer de ser completo mesmo com o coração pela metade em estar vivendo longe dos meus filhos.Juntos poderemos construir um futuro para o bebê que está esperando , não tenho a menor noção de como ser um pai, mas quero consertar todos os erros do passado.Estou completamente enfeitiçado pela sensação dela nos braços que nem noto quando entro em casa na direção da escada, até perceber o movimento leve.Antônio está em uma das poltronas da sala de espera, é automático a maneira como seu olhar cai em cima dela, crescemos como irmãos e dessa vez sinto a mesma dor de meses atrás.Travo a mandíbula fechado mais o
Último capítulo