Diogo Lima
Apertei os punhos com força enquanto caminhava até o carro de Coiote, meu coração batendo rápido, mas não de nervosismo. Eu estava irritado. A pirralha era mais teimosa do que eu imaginava.
Jhulietta podia ser minha filha, mas tinha o dom de me tirar do sério.
Abri a porta do carro e entrei, batendo-a com força. Coiote, ao volante, me olhou com um sorriso torto, já acostumado com meu mau humor.
— E aí, como foi? — perguntou ele, acendendo um cigarro e tragando com calma.
Passei a mão pelo rosto, irritado.
— Aquela garota é insuportável. Parece que herdou minha teimosia.
Coiote soltou uma gargalhada baixa.
— Bom, ela é sua filha. — O filho da puta continuou rindo e olhei torto para ele que não se importou.
— Vai se foder!
Ele ergueu as mãos em rendição, ainda rindo.
— E então? Conseguiu o que queria?
Soltei um riso seco, sem humor.
— Não cedeu a nada. Não quer me dar um centavo, acha que é dona da verdade. Mas mal sabe ela que a vida não é tão preto n