A noite caiu silenciosa mais uma vez sobre Northshore, envolta em véus de névoa espessa que serpenteavam pelos corredores da fortaleza como memórias esquecidas.
Do alto da sacada oeste, eu podia ver os jardins cobertos de sombras. As rosas rubro-selvagens dormiam sob o orvalho, enquanto as estrelas surgiam em pontos dourados, bordando o céu com promessas antigas.
Meus olhos não buscavam o céu, no entanto. A ala norte, silenciosa e protegida, era onde minha atenção se fixava. Uma luz tênue escapava por entre as frestas da janela arqueada. Aquele era o quarto dela. Prya.
Desde o dia em que falei com ela, não conseguia me afastar, eu buscava sua presença pelo castelo, pelo campo de treinamento. Algo nela me atraia como um ima.
Não houve batalha ou missão que me deixasse tão furioso quanto naquele acampamento inimigo em que a encontrei. O cheiro da dor dela ainda impregnava minhas narinas. O som da respiração fraca. A forma como seu corpo tentou fugir de mim mesmo inconsciente. Como se