Ravena
O som de nossas botas ecoava pelas paredes antigas de Northshore, como uma marcha fúnebre que precedia o julgamento. As tochas dançavam na penumbra, jogando sombras vacilantes sobre as pedras frias, enquanto Cyrus caminhava ao meu lado, a aura de rei tensa e silenciosa.
Atrás de nós, François nos seguia como um espectro, os olhos semicerrados, como se já antecipasse o meu proposito.
Eu tentei ignorar aquilo. Aquela chama que fervia o meu coração desde que a aquela loba chegou ontem de manhã. Mas era mais forte que eu. Era como se a própria deusa sussurrasse em meu âmago para que fizesse algo a respeito.
Quantas de nós foram escravizadas? Quantas tiveram seus corpos vendidos para vários machos de espécie diferente? Quantos filhotes foram mortos no ventre de suas mães, e quantos foram usados para oprimi-las ainda mais?
Não.
Isso tinha que parar.
Pelo pouco que sabia sobre a raça dos vampiros, eles não praticavam escravidão. Os poucos que eram mantidos nesse status eram os que f